No
evangelho de João, como lhe é peculiar, ele nos conta de um encontro muito
especial, o encontro que Jesus teve como uma mulher que eu considero ter tido
um papel fantástico no evangelismo em Sumária.
A
Bíblia a menciona apenas como a samaritana, não revela o seu nome, mas conta de
sua reação ao ouvir a verdade. Hoje louvo a Deus por testemunhos deixados como
o dessa mulher, (para nosso ensino ficou escrito). Uma mulher de viver “duvidoso”
É essa a impressão que fica em primeiro momento de leitura. Hoje veio a mente
esse diálogo, me veio algo tão lindo ao coração que senti vontade de escrever.
Em
nossa vida já tivemos muitos encontros em meio à rotina de nossos dias não é
verdade? Acredito que ir ao poço fosse rotina para aquela mulher, que você
acha? Mas para Jesus não era, sabemos bem dos desentendimentos entre os Judeus
e os Samaritanos; Mas no texto João diz um detalhe “E era-lhe necessário passar por Sumária”, Não lhe é curioso essa necessidade? Se hoje
fossemos falar de nosso “encontro” com Jesus apontaríamos como “necessário ou coincidência”, Refletir é preciso.
Que lugar
mais impróprio para um encontro, pois é, mas foi o lugar que marcou a vida de
uma mulher e de um povo. O diálogo? Já o conhecemos, João o transcreveu no
capítulo quatro do seu evangelho, Jesus tomou a iniciativa. Claro, já sabemos,
Ele nos amou primeiro, tenho certeza quanto a mim. Ela como mulher que por
certo já enfrentara em algum momento descaso foi surpreendida e não se mostrou
muito receptiva a um estranho, Ele era Judeu. Mas o diálogo muda de roupagem
muito rapidamente, Jesus soube como despertar a curiosidade peculiar as
mulheres, ofereceu algo surpreendente, a chance de ter algo que mudaria sua
vida, ela não voltaria mais ao poço que fantástica oferta, todas as sirenes de
alerta tocaram, Jesus obteve sua atenção imediata.
Mas
olho outra vez e percebo, ela não aceitou a oferta de imediato, mostrou ser
centrada e não se deixava iludir por qualquer palavra, inqueriu sobre as
possibilidades de sua oferta, conhecia “os costumes” deixou claro desde o
inicio da conversa. Ah, mas Jesus soube
ser persuasivo, mesmo assim ela relutou, mas levou a conversa adiante queria
ver onde iria dar. Nesse momento Jesus
entra no assunto que acredito ser a “necessidade” que o levou ali, conduzir
aquela mulher a olhar para sua vida.
AMO
MEU DEUS, e o louvo cada vez que percebo sua misericórdia ao fazer isso minha
vida, sim é por pura misericórdia, vez por outra o percebo me dando novas
oportunidades para que eu recue e permita Ele conduzir meus passos. Foi isso
que vi hoje acontecer com aquela mulher, por seu amor Jesus sentiu que era
necessário aquele encontro naquele dia, naquele poço. Compreendemos assim
quando falamos do tempo de Deus.
Jesus
diz para ela que a benção é extensiva a mais alguém, Aleluia! Constatamos aqui,
na palavra de Deus - nenhuma mentira fica de pé diante da verdade. Apesar
daquela mulher que como o texto relata ter uma vida matrimonial fora dos
padrões divinos, mostrou ter uma virtude, não mentiu para um estranho, quando
teve que revelar informações pessoais.
Acho terno
o modo que Jesus lhe fala. Diz conhecer a verdade que ela jamais o imaginaria conhecedor,
mas não a fere com palavras de acusação, antes a leva a um passeio por seu
passado e assim a faz reavaliar sua vida no momento. Palavra da verdade, sempre
traz restauração imediata. Ela não escutou mais o Judeu que com ela dialogava, ouve
a voz de um profeta; Ela era samaritana, mas diferentemente de muitos judeus
detentores do conhecimento das leis identificou que era um profeta de Deus. Glória
a Deus, somente o pode de Deus pode fazer isso a alguém.
Chego
ao ponto que hoje moveu meu coração, aquela mulher, uma samaritana, tinha um
coração de adorador. Foi isso que vi, sim, eu acredito que Deus quis que eu visse
isso na vida daquela mulher. Por vivermos na religiosidade, usamos muitos rótulos
para pessoas “diferentes”, como identificar um adorador em uma pessoa de vida
pregressa? Não, não posso, somente Deus conhece o amanhã, Deus sabe quem seremos
quando com Jesus nos encontrar, mesmo que esse encontro seja em frente a um poço que está em sua vida. Deus
conhecia que era necessário Jesus passar por Sumaria naquele exato dia e hora.
O
diálogo mudou muito, foi a samaritana que introduziu na conversa o assunto
adoração, uma mulher de vida não respeitada, como poderia ela está preocupada
de qual é o lugar certo para adorar? - Oh Deus! Quantos de nós mesmo depois de termos
vividos esse encontro, depois de conhecermos o evangelho, nunca nos permitimos
ter esse diálogo contigo, perdão meu Senhor, perdão. “e importa que os que o
adoram o adorem em espírito e em verdade’”, a tua palavra nos ensinou.
Outro
fato me chama a atenção, uma mulher samaritana já demonstrava esperar o Cristo,
“eu sei que o Messias vem; quando vier anunciará tudo”, Aleluia! Foi merecido o
privilégio de ser ela, ao que percebo, ter ouvido de Jesus primeiro a
declaração de ser Ele o Messias.
E quando
os discípulos o viram em um diálogo com uma mulher? Maravilharam-se, que poderiam
falar? Que sabiam eles sobre adoração? Há momentos que necessário calar e
aprender.
Sigo
adiante em minha reflexão de hoje... Aquela mulher que no inicio citei como de “viver
duvidoso” Ouviu de um Judeu que lhe pediu água a beira de um poço, que Ele era
o Messias, e creu, ela creu, não há dúvida disso; È fato, “ela deixou o seu
cântaro, e foi à cidade” e conhecemos o texto, já foi evangelizando, “... um homem que me disse tudo quanto tenho
feito. Porventura não é este o Cristo?” Percebeu? Ela já está transformada,
quando nos encontramos realmente com Jesus já não tememos acusações, ela já não
temia falar ao povo, algo que não comum em sua vida, se obsevarmos o horário
que estava indo ao poço constatamos não ser um horário de alguém que desejasse
muito ser notada. No entanto entra na cidade com alarido ‘vinde ver’.
Mais
é notável o que se sucede, repito era uma mulher de conduta questionável, mas
ao anunciar isto os que ouviram lhe deram atenção e aceitaram o seu testemunho,
“muitos dos samaritanos daquela cidade
creram nele, pela palavra da mulher”.
- Oh
Deus, quantos de nós que nos auto - proclamamos atalaias do evangelho, não
temos em nossas palavras a credibilidade que aquela mulher de vida duvidosa
teve, precisamos de tua misericórdia.
Essa
narração de João nos mostra que a “necessidade” daquela mulher de obter
esclarecimento sobre ADORAÇÃO mudou
a sua vida e de muitos samaritanos que fora ter com Jesus. Muitos testificavam “Já
não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos
que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo.” Precisamos refletir:
qual o desejo que faz arder os nossos corações? Seria o de testificar das boas
novas e levar as pessoas a se encontrar com Jesus mesmo que seja à beira de um
poço que está em sua vida? Deus nos dar novas oportunidades de avaliarmos a
vida que estamos levando e decidir se queremos continuar ou seria o momento de parar
para uma conversa com Ele. Mesmo que estejamos a beira de um poço é Jesus que
tem água viva para nos dar.
Um Abraço,
Até a próxima
Ana Maria Pires